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Desde 1990, os relatórios divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU)  permitem realizar algumas comparações entre a qualidade de vida da população dos diversos países do planeta utilizando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Este índice reflete as condições de três variáveis básicas para uma boa qualidade de vida: a expectativa de vida ao nascer, a escolaridade e o Produto Interno Bruto (per capita).

 

Essas três variáveis são expressas em uma escala que varia de 0,0 a 1,0. Quanto mais baixo o índice, pior são as condições de vida; quanto mais próximo de 1,0, mais elevada é a qualidade de vida da população em geral.

 

O Estado de Goiás, que ocupava a 9ª posição (0,707) no IDH-M Brasil, passou no período compreendido entre 1991 e 2000 a ocupar a 7ª posição (0,770). Assim, em parâmetros referenciais mundialmente aceitos, serão necessários ainda, aproximadamente, 45 anos para que o estado possa atingir níveis satisfatórios de qualidade de vida.

 

Neste exato instante, chama-se a atenção para a importância da Ciência em seus vastos campos de atuação e produção e, a partir da descentralização dos conhecimentos produzidos, utilizá-los de forma a interagir e provocar uma aceleração desse processo. Sejam esses conhecimentos aplicáveis nos aspectos econômico e social, passando pelos aspectos ambientais e de sustentabilidade e, finalmente, no aperfeiçoamento ou desenvolvimento de novas tecnologias. Assim sendo, faz-se necessário e urgente o investimento em projetos de pesquisas e de produção de saberes científicos, acadêmicos e populares, que possam alicerçar efetivamente o processo de crescimento do nosso estado e, conseqüentemente, de nosso país.

 

Esse investimento não pode, e nem deve, ser considerado por uma lógica, exclusivamente, financeira. A ciência brasileira tem vários desafios: ampliar o sistema com qualidade, apoiando a competência instalada; transferir conhecimentos do setor de pesquisa para setores estratégicos e produtivos; aprofundar a avaliação dos programas existentes e de projetos inovadores em áreas de relevância e, principalmente, aparar os espinhos históricos que se fizeram vicejar no país, na forma de uma burocracia opaca e capciosa, através de seus caminhos confusos e tortuosos, em nome da estrutura organizacional do estado e dos controles político, econômico e social.

 

Assim, o Fórum em C,T&I do Cerrado da SBPC – Regional Goiás, pretende se firmar como um campo onde floresçam os saberes científicos e, por outro lado, aonde possam os cientistas investigar sobre as possibilidades dos seus campos de pesquisa, acerca de recursos disponíveis; formas e processos de captação; disponibilização de seus trabalhos a setores interessados e difusão dos conhecimentos.

 

Goiânia, Março de 2005

 

Prof. Dr. Reginaldo Nassar Ferreira

Prof. Dr. Romão da Cunha Nunes

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